domingo, 16 de agosto de 2009

Meia-noite


Minha vida era a meia-noite, sem mudanças, sem fim. Deveria, por necessidade, sempre ser a meia-noite para mim. Então como era possível que o sol estivesse nascendo agora, bem no meio da meia-noite? Isso não deveria estar acontecendo comigo. Um coração morto, gelado podia ser despedaçado? Parecia que o meu pudia. Ao ouvir as palavras nítidas, ao ver os sentimentos se expressarem e principalmente sentir meu sangue correr pelas veias com muita velocidade, fazendo um percurso interminável. Fruto proibido, não deveria ter sido tocado e acordado, agora é tarde demais. Um coração morto, gelado podia bater denovo? Parecia que o meu podia.

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