quinta-feira, 30 de julho de 2009

Seu Abraço


Nunca imaginei que seu colo pudesse ser agora meu refúgio feliz, o que antes era um céu cheio de estrelas, e depois virou um verdadeiro breu, e agora se transformou em meu refúgio. Antes correria deste abraço, sabendo que me traria dor e lembranças que eu não queria ter. Corri por pensar que era o melhor a fazer, o melhor caminho, a melhor decisão. Como disse pra muitas pessoas, não que tinha deixado de te amar, apenas tinha aprendido a viver sem você, o que no começo considerava impossível. Mais hoje tudo mudou, a minha forma de pensar, meu modo de agir, meus sentimentos e consequentemente desaprendi a viver sem você. Parecia mais uma máquinha do tempo, que me fez voltar ao passado e relembrar tudo o que havia ocorrido. Ao contrário do outro dia que eu nem se quer conseguia pensar, o hoje apesar de ser o mesmo local, quase o mesmo cenário, minha mente vagava nas suas expressões claras e nítidas, era possível enxergar cada traço de seu rosto, as linhas rígidas eram aparentemente notáveis. Pudia distinguir cada verdade e cada mentira, como se fosse uma máquina da verdade, mais isso tudo só foi possível hoje porque tinha certeza do que ia acontecer dali pra frente, o que foi diferente da última vez que estivemos ali, não era previsível o nosso futuro, o que me deixou mais desnorteada. Mais hoje relembrando tudo isto vejo que talvez naquele dia foi apenas um grande equívoco, que se enganou e nada sabia. E hoje também me senti perfeita e completa, não curada como já disse anteriormente, mas inteira, sem pedaços espalhados de mim por aí. Se a dor vai voltar, sinceramente não sei, dependerá dos caminhos que apartir de agora serão traçados. Mais neste momento a dor se amenizou. F.T

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Breve


Era como se aquela ferida feita a uma semana átras, estivesse curada, não por completa, mais pela metade. A dor ás vezes persiste em pertubar, mais o buraco cravado no peito parece não se importar. A cada dia que passa vejo as coisas mais claras em minha frente, carregada de dúvidas tenho seguido todos os instantes de minha vida. A alternativa correta sempre esteve em minha frente, era eu quem não sabia enxergar, e agora que a luz no fim do túnel se acendeu eu posso vê-la com clareza. Sei que perdi tempo, pensei que se desse espaço para o meu pensamento tudo ficaria mais fácil, mais não foi bem isso que aconteceu, hoje senti como se tivesse passado décadas, que perdi um tempo indeterminável de minha vida. Deixando escapar pelos meus dedos a razão do meu viver até então. Talvez seja tarde demais, e talvez não, saberei isso em breve.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Eu nunca disse adeus


Passar a noite em claro, nem um minuto sequer conseguir fechar os olhos, ainda tendo alguma esperança de vida, tendo pensamentos lógicos e ilógicos, fazendo de sua vida um filme, vendo todos os detalhes da casa, tendo os paredes de seu quarto como melhores amigas, seu travesseiro um ombro amigo pra derramar as lágrimas que se acumulam e caem sem eu notar. Essa foi a noite mais longa de minha vida, parecia que as horas não passavam, que o relógio estava de mal comigo. Foi a mais longa e piores de toda, sentindo dor, não dores físicas e sim dores muito piores, dores que atingem direto no coração. Coração! Será que ainda o meu bate? Depois de tanto sofrimento já não sei sobre sua vivência, somente que ele está dilacerado, feito cacos de vidros, que eu nem sei se podem ser colados ou substituídos. A dor é profunda e aguda, como se já não bastasse minha mente tão longe, tão distante, flutuando em um mundo que eu nunca conheci. Me sinto como se não tivesse mais chão, o pior não é isso, são as marcas que ali ficaram pra sempre, e nunca, jamais saíram do mesmo lugar, me fazendo lembrar de tudo apartir do momento em que eu ver o extreminador do futuro em minha frente. Esse sim está bem, com o coração intacto, sem buracos, livre, leve e solto, vivendo intensamente, como se nada tivesse acontecido, se achando no direito de me torturar a cada minuto que se passa. Eu não tenho medo dele, ele pode fazer o que quiser que eu de uma forma ou de outra irei superar, passar por cima feito um trator em fúria e sem controle. A minha noite, minha somente noite, intensa como ela, a madrugada gelada, sai as 5:30 hs da madrugada pra rua, não suportava mais ficar naquela abstinência, peguei um ônibus, que me levou ao lugar do caos, onde meu pensamento passeava furtivamente, revivenciar o momento não foi fácil, parecia que estava sendo sacrificada por apunhaladas nas costas. Parecia uma sem teto, sentada no meio fio de outra cidade, pessoas indo pro serviço tão cedo, passavam por mim e me olhavam com indagação, o que está garota faz a essa hora na rua sentada em um meio fio? Eu tinha vontade de gritar, dizer que eu estava me decompondo a cada segundo ali, queria explicar porque eu estava ali, pra não passar por louca, queria ir embora e jamais ter ido ao lugar do reencontro, queria nunca ter desejado sair de minha casa, queria sumir, nunca ter me aprofundado tanto. Mais era tarde, porque não dava pra voltar no tempo, não dava pra voltar no meu passado e tentar ver meus erros de perto. E aí quase as 7:00 hs da manhã, surge quem eu esperava, a pessoa que faltava pro cenário catastrófico ficar completo, pra minha cabeça girar, pro meu coração desparar a 200 por hora. É apartir desse momento que tudo se transforma no verdadeiro inferno esperado com ansiedade por mim durante a noite toda, nos últimos momentos que me lembro, foram de muitas lágrimas, meu rosto inexpressivo, minha memória vazia, meu coração sangrando, minhas olheiras alcançando o queixo e tudo a minha volta parecer irreal. A dor era tanta que eu mal pudia perceber qual parte doía mais, mas tenho certeza que o maior prejudicado foi meu coração, nada se compara com a dor aguda que ele insiste martelar. Daí pra frente o massacre acabou e pude então entrar em minha casa, meu refúgio feliz, de cabeça erguida tendo plena certeza de que nunca tive culpa, quem quis assim não foi eu e que se é pra ser assim, que seja feita a vontade de quem tanto quer. 'foi embora, mais eu nunca disse adeus' F.T

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Incertezas


Quantas incertezas, quantas decisões a serem tomadas, quantos caminhos a sua disposição, tantos porém você não tem a idéia de qual tomar rumo. A vida realmente não é feita de respostas e sim de perguntas, o que? qual? por quê? onde? quando? como? Poxa são tantas e para poucas você obtem as respostas certas. Mais quem dará a alternativa certa é o futuro, o que ele guarda pra você só Deus sabe, e olha lá ainda. Então o melhor que podemos fazer é nos deixar levar pelas lógicas, é a única coisa que nos resta a fazer quando não se tem idéia do que seguir. F.T

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Blackout


É péssimo quando somos contrariados, ou mesmo traídos, não no sentido figurativo, mas sim literalmente. Quando as pessoa parecem não nos compreender o suficiente pra saber o que é certo ou errado fazer sem de estarmos juntos na ocasião. Nosso ódio é tão grande, a frustação nem se fala, não sabemos por onde começar, por onde andar, ficamos sem chão, quando a pessoa que você mais confiava nessa vida, nem te deu ouvidos, quando você explicou sua opinião. E mesmo assim essa pessoa foi lá e fez totalmente ao contrário, como se você nem se quer existisse, passando por cima de você feito trator, amassando o pouco de esperança que havia em você por completo. Tudo vira breu, nada enxergamos em nossa frente, como se sofresssemos um eclipse em plena luz do dia, sem mais argumentos digo que ficamos cegos com a franqueza das palavras utilizadas.